quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Diabetes e Alzheimer são iguais?

O açúcar em excesso, drama dos diabéticos e dos obesos, pode causar lesão nos neurônios

Um dos grandes desafios evolucionários foi conseguir aumentar a quantidade de açúcar no sangue para satisfazer a necessidade de energia do cérebro. Agora, com a exagerada oferta de alimentos hipercalóricos, isso virou um problema. Um estudo da Universidade de Nova York em Albany sugere que a causa mais comum de perda da memória, a doença de Alzheimer, seja talvez uma forma de diabetes no cérebro.
O diabetes é a doença do metabolismo mais comum entre os humanos. Existem dois tipos: o tipo 1, quando a produção de insulina pelo pâncreas é pouca, e o tipo 2, quando a insulina não consegue abrir facilmente os canais nas paredes das células do corpo, para permitir a entrada de açúcar para dentro delas. E o que ocorre é uma produção aumentada da insulina pelo pâncreas, mas mesmo assim o nível de açúcar no sangue é alto e ele é depositado em locais onde não deveria estar, como na parede das artérias, por exemplo.
A causa mais comum de diabetes tipo 2 é a obesidade, pois as células de acúmulo de gordura naturalmente têm maior resistência à insulina. O diabetes tipo 2 atinge hoje quase 400 milhões de pessoas no mundo.

Baseado em estudos
 anteriores que demonstraram que pacientes diabéticos acumulam em seus neurônios os mesmos novelos de uma proteína chamada beta-amiloide, que existe na doença de Alzheimer e prejudica o funcionamento dos neurônios responsáveis pela memória, o pesquisador Ewan McNay apresentou um estudo no encontro da Sociedade para Neurociências, em San Diego, em novembro, em que associou ainda mais o diabetes tipo 2 à doença de Alzheimer.
McNay e colaboradores simularam o aparecimento de diabetes em 20 ratos, ofertando-lhes uma dieta rica em calorias e gordura, tornando-os obesos e diabéticos. Alimentou outros 20 ratos com uma dieta saudável, depois treinou os dois grupos a associarem uma gaiola escura.
Quando os ratos eram colocados em uma gaiola escura, ficavam parados em pânico, sem se moverem por algum instante, esse momento foi a medida utilizada para definir o tempo que os ratos continuavam se lembrando de que poderiam tomar choques naquela gaiola escura. Quando os ratos que se tornaram diabéticos eram colocados na gaiola, eles ficavam parados por apenas metade do tempo do que os ratos normais. Isso foi interpretado como esquecimento.
Para saber se a perda de memória estava relacionada aos novelos de substância beta-amiloide, os pesquisadores aplicaram nos ratos diabéticos uma vacina que desfaz os novelos, mas nada aconteceu, então injetaram outra vacina que desfaz os oligômeros, que são acúmulos menores e solúveis de beta-amiloide, que quando se juntam formam os novelos e, aí sim, os ratos voltaram a se comportar como os que receberam a dieta saudável. Com esses resultados os pesquisadores entenderam que não são os novelos de substância beta-amiloide que provocam a perda de memória, mas o acúmulo dos oligômeros.
Outros estudos já demonstraram que as mesmas enzimas que destroem esses oligômeros também estão encarregadas de destruir a insulina que chega ao sistema nervoso. Quando existe uma sobrecarga de insulina nas células cerebrais, as enzimas ficam tão atarefadas em destruir a insulina que os oligômeros acabam se acumulando dentro da célula. Esses oligômeros, por sua vez, dificultam a ação da insulina, pois bloqueiam seu receptor, o local onde a insulina gruda na parede da célula para permitir a entrada de açúcar dentro dela. Esse bloqueio dificulta a entrada de açúcar, o pâncreas entende que precisa produzir mais insulina para o sistema funcionar, e aí  inicia-se um círculo vicioso, mais insulina, mais oligômero, mais resistência à insulina, o pâncreas produz então mais insulina, e está feito o estrago.
Fonte: Carta Capital


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Seus pés em um salto alto


  Foto: ffffound.com

De acordo com o Fisioterapeuta nas mulheres, os problemas nos pés são quatro vezes mais frequentes do que os homens e a incidência de artrite, duas vezes mais comuns e a partir dos 65 anos de idade. “Estima-se que mais de 3% da população mundial com idade acima de 55 anos sofra de dores fortes em conseqüência da artrite no joelho“, esclarece o Fisioterapeuta Allan Delano, da Clínica de Reabilitação Corpo em Terapia.
Segundo o especialista, as mulheres já têm uma tendência natural a ter joelhos voltados para dentro, em forma de “x”, o que contribui para a inclinação da patela, um pequeno osso em forma de pirâmide que se articula com o fêmur e protege a articulação do joelho. “Associado ao uso de saltos altos, isso favorece o desgaste da patela“, afirma o Fisioterapeuta.

Tipos de Saltos
Os médicos advertem que os saltos altos e finos são os que causam mais problemas porque com estes saltos, a mulher tende a andar com os joelhos flexionados e sempre se equilibrando. O Fisioterapeuta adianta que a melhor maneira de prevenir danos aos joelhos é troca por calçados do tipo Anabela, que são mais baixos e confortáveis, apresentando uma altura de 4 cm. “O resultado estético pode não ser o mesmo, mas, em termos de saúde e bem estar, essa troca vai seguramente valer a pena”, reforça Allan Delano. Outra ótima opção para quem não abre mão do salto alto, é o uso das plataformas, que são altas, mas em compensação são uniformes e por isso distribuem melhor o peso do corpo.
Peso
Cada um dos pés possui 28 ossos, que formam várias articulações sustentadas por ligamentos e músculos. Para entender melhor essa composição dos ossos, o Fisioterapeuta explica da seguinte forma: se a pessoa está descalça, o peso do corpo é distribuído por toda essa estrutura, mas se calça sapatos com saltos, coloca quase todo o peso no antepé, que é a parte da frente do pé e dos dedos. “Quanto mais alto o salto, maior o peso na região. Na medida que a pessoa caminha se aumenta ainda mais a pressão e ao correr na ponta dos pés então, esta força se multiplica várias vezes. O resultado é uma pressão imensa na região”.
Causas
Além da pressão na ponta do pé, o uso do salto alto e fino causa ausência na mobilidade da parte de trás da perna. “Com o calcanhar nas alturas, o tendão de Aquiles fica encurtado, o que pode ocasionar a tendinite. Os sintomas básicos são a dor e a dificuldade em andar descalço. Os problemas do salto alto não param nos pés. Podem comprometer até os joelhos que, por causa do salto, são flexionados o tempo todo.




Dicas para quem usa salto alto:
  • Quem não pode ficar sem usar sapatos de salto, deve optar pelos modelos com saltos mais largos, que distribuem melhor o peso e estabilizam o tornozelo. Bico quadrado também é o mais recomendado para evitar deformidades dos dedos;
  • Os sapatos plataforma, com a mesma altura do calcanhar à ponta, não pressionam excessivamente o antepé. Mas em compensação chance de torcer o tornozelo é maior;
  • Se puder, deixe a sandália e opte pelo sapato. Assim, o calcanhar estará mais seguro. O reforço lateral proporcionado pelas botas é ainda mais eficiente;
  • Evite saltos muito altos no dia-a-dia. Quanto menor o salto, melhor para a saúde.

Fonte: corpoacorpo.uol.com.br

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Pilates também trabalha a memória



Nossa atividade cerebral tem tudo a ver com as atividades físicas, sabia? Os exercícios aumentam a atividade corporal e o fluxo sanguíneo do cérebro, nutrindo nossos neurônios e atenuando o processo natural do envelhecimento.
De acordo com a fisioterapeuta Nina Morena De Lucca, as atividades físicas provocam mudanças na plasticidade sináptica do cérebro, ou seja, aumentam a capacidade de resposta e adaptação dos neurônios ao meio ambiente. “Além disso, os exercícios proporcionam um desafio intelectual constante. O Pilates é um exemplo disto, pois exige do aluno a realização de diversas tarefas ao mesmo tempo”, explica a especialista.
A atividade age em uma área do cérebro vital para o aprendizado e a memória, o hipocampo. Através do trabalho de respiração, manutenção da postura, equilíbrio e contração de vários grupos musculares ao mesmo tempo, o Pilates exige o treino da memória o tempo todo.
Segundo a instrutora, estudos comprovam que os exercícios resistidos melhoram o desempenho da memória nos idosos, além de promover o aumento da força muscular. Fazendo atividades físicas regularmente durante a vida, você está criando uma espécie de “reserva cognitiva”, que vai retardar o envelhecimento e prevenir diversas doenças, inclusive o Alzheimer.
“Os exercícios também são fundamentais na recuperação de pessoas com doenças neurológicas, por exemplo. Eles melhoram não só os aspectos físicos como força, flexibilidade e capacidades respiratórias, mas também as funções cognitivas, através da reorganização cerebral”, afirma Nina.
Outras atividades, como as caminhadas e exercícios aeróbicos, também ajudam na reorganização do cérebro e no nosso desempenho funcional. A fisioterapeuta ensinou alguns exercícios de Pilates que trabalham a coordenação motora, o equilíbrio e a memória. Olha só:

PERDIGUEIRO

Na posição de quatro apoios, eleve ao mesmo tempo a perna direita, com o joelho estendido, e o braço esquerdo, de forma que fiquem paralelos ao chão. Realize a respiração correta e observe o alinhamento da coluna. Em seguida, repita com a perna esquerda e o braço direito.
PONTE COM VARIAÇÃO
Deitado de barriga para cima, com os joelhos dobrados e pés apoiados no chão, eleve a pelve, estenda a perna direita e o braço esquerdo ao mesmo tempo. Realize a respiração correta e observe o alinhamento da coluna. Em seguida, repita o exercício elevando a pelve, estendendo a perna esquerda e o braço direito.
PRANCHA LATERAL
Deitado de lado, com o antebraço apoiado no chão, eleve o corpo, mantendo os pés no chão e o cotovelo em flexão. Mantenha o alinhamento da coluna, conte até 10 e repita do outro lado.

Fonte: Revista Pilates

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pilates em Barbacena






















Ok, no mundo todo a grande maioria dos praticantes de pilates é mulher – mas este acaba sendo mais um dos motivos pelos quais você deveria aderir. (Agora já são nove.) No começo não era assim. O criador da prática, o acrobata Joseph Pilates, era um homem que treinava outros homens, como o alemão campeão mundial de boxe Max Schmeling (1905-2005).
Os exercícios do pilates são feitos no mat – aquele tapetinho – ou em um aparelho (são quatro, chamados de cadillac, reformer, chair e ladder barrel), algumas vezes acompanhados de acessórios, como círculo mágico, bola bosu e meia-lua. Esses instrumentos se combinam formando um repertório de mais de mil exercícios que acabam sendo úteis para todas as atividades do seu dia. Se você estiver sentado numa sala de espera, carregando uma mala, surfando ou lutando MMA, vai se lembrar das aulas de pilates.
Praticar uma hora, duas vezes por semana, já está de bom tamanho, dizem os professores. Joseph Pilates chamava sua invenção de “contrologia”. Se possuir controle do corpo e da mente é algo que separa homens de meninos, o pilates é de fato esporte de macho – e, veja só, chegamos a dez motivos.
Confira os outros:
1 – Melhora o desempenho em qualquer outro esporte
“O pilates é o melhor complemento para atividade física que existe”, diz o professor Luiz Lobassi, da Maha Studio do Corpo, em São Paulo, que já foi bicampeão brasileiro de kung fu. Postura, equilíbrio, estabilidade, flexibilidade, respiração, coordenação, circulação, fortalecimento e resistência: tudo pode ser melhorado. Atletas das mais variadas modalidades são beneficiados. Por exemplo: quem joga tênis ou golfe acaba se dando bem com o aprimoramento da rotação do tronco. Maratonistas melhoram seu tempo com técnicas avançadas de respiração, e lutadores ganham mais flexibilidade e força abdominal.
2 – Tonifica os músculos do corpo todo
A grande variedade de exercícios garante um trabalho eficiente para toda a musculatura. “Numa aula dá para trabalhar todas as cadeias do corpo: anterior, posterior e lateral”, diz o professor Antonio Fretz. Outra vantagem é que, ao contrário da musculação, o pilates não leva à hipertrofia do músculo. “Os exercícios tonificam sem que você perca a
flexibilidade”, diz o professor Lobassi.
3 – Define o abdômen
Um dos principais focos do pilates é o fortalecimento da musculatura central do corpo. Joseph Pilates deu o nome de “powerhouse” ao conjunto desses músculos, que abrangem abdômen, coluna e região pélvica. O domínio dessa área é fundamental para os mais variados exercícios físicos. De quebra, sua barriga fica sarada.
4 – Aumenta a disposição sexual
O bem-estar físico e mental ajuda no sexo. A flexibilidade também. Idem para o autoconhecimento e para a liberação de hormônios, como endorfina. E tudo isso está no “pacote” do pilates
5 – Amplia a flexibilidade e a coordenação
“O pilates é uma das atividades que mais alonga o corpo, da nuca aos pés”, garante Antonio Fretz. Aliando isso à melhora da coordenação, você terá mais facilidade para realizar as tarefas do dia a dia.
6 – Diminui tensões e elimina stress
Que fique claro: pilates é muito diferente de ioga. Ele utiliza aparelhos próprios, trabalha em séries de dez repetições, permanece menos tempo na mesma postura e não usa meditação. Mas atua no equilíbrio da mente, na concentração e na harmonia do organismo. É como dar uma bica no stress.
7 – Previne dor nas costas
Não são só as suas costas que doem. Esse problema atinge cerca de 80% da população mundial em algum momento da vida. A reabilitação da postura que você aprende no pilates previne dores na coluna e pode corrigir desvios como hipercifose e hiperlordose.
8 – Dá para fazer com a turma
Os treinos são democráticos: em uma mesma sala podem estar praticantes de níveis e interesses diferentes. Cada uma das pessoas tem um treino personalizado. O bom nesta história é que você pode fazer uma sequência de exercícios bem ao lado daquela gata que está num nível mais avançado. Ou do amigo que você arrastou do futebol. O negócio é bom também para casais: um apoia o outro e a motivação só aumenta.
Quem foi Joseph Pilates?
Na sua infância, o alemão Joseph Pilates (1883-1967) tinha asma e era raquítico. Superando suas limitações, praticou na adolescência de mergulho a luta. Mudou-se para a Inglaterra, onde trabalhou como instrutor de defesa pessoal da polícia. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi levado a um campo de concentração com outros alemães, considerados inimigos. Foi na prisão que começou a desenvolver um método de exercícios único, no chão, misturando sua experiência em atividade física com estudos em anatomia, usando os materiais que estavam à mão (até molas de colchões). Após a guerra, Joseph foi para Nova York, onde abriu um estúdio e escreveu livros. Algumas fontes afirmam que gostava de beber, fumar e ir a baladas, e apesar disso viveu 84 anos e manteve uma forma física impecável – então já são 11 motivos para fazer pilates (brincadeira).
EXERCÍCIOS PARA FAZER EM CASA
O professor Antonio Fretz, do Maha Studio do Corpo, bolou essa dupla básica que dá para fazer no seu tapetinho. Não é recomendado fazer exercícios mais complexos sem acompanhamento.
Alongamento
Fique sentado, com a coluna ereta, e as pernas e os braços estendidos para a frente do corpo. Inspire e, quando soltar o ar, contraia o períneo e o abdômen. Cole o queixo no peito e vá abaixando o tronco para a frente, sem dobrar os joelhos. Inspire novamente nessa posição, relaxando as articulações (sem tensionar), e volte à posição original, soltando o ar. Repetir dez vezes.
Abdominal
Deite-se de costas, deixando uma perna dobrada e a outra estendida e elevada. As coxas devem ficar paralelas. Erga os braços em direção ao teto. Inspire e, quando soltar o ar, faça um abdominal. Repita dez vezes, alternando as pernas. Se sentir dor na lombar, só faça a elevação do tronco, com as pernas abaixadas.

Fonte: vip.abril.com.br

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O Desenvolvimento Motor da Criança



O desenvolvimento da criança abrange 3 etapas: psicológico, neurológico e motor.

Apesar do desenvolvimento ter fases e etapas bem definidas, cada bebê irá definir o seu. Para cada bebê como um indivíduo irá responder de forma muito particular aos estímulos vividos e/ou oferecidos.

O bebê ao nascer ainda não senta, não anda, devido ao seu sistema nervoso que ainda está imaturo em vários aspectos, entre eles o tônus muscular estará diminuído no pescoço e tronco e aumentado em braços e pernas. E para que o bebê adquira habilidades, este sistema nervoso precisará amadurecer, o que ocorre no primeiro ano de vida, e vai até 3 anos de idade.

O amadurecimento do sistema nervoso se fará em 2 direções: da cabeça para o pescoço e da região proximal para a mais distante, ou seja, o bebê controla o pescoço antes de controlar o tronco, e controla os ombros antes das mãos.Todo esse processo é gradativo, e cada fase alcançada habilita a criança a avançar para a etapa seguinte. Esse processo é lento e diário, imperceptível.

O amadurecimento do sistema nervoso depende da boa saúde global do bebê que é obtido através do aleitamento materno, controle de infecções e doenças com a ajuda das vacinas, o cuidado da própria mãe e o estímulo saudável do meio ambiente. Este estímulo não deve ser exagerado na intenção errônea de formar “campeões”, mas sim, deve ser espontâneo, tranquilo, calmo e natural, dentro do relacionamento de amor, carinho e respeito entre pais e filhos. O que acarretará um adulto que saberá se relacionar com o meio e com o outros de forma sadia respeitando-os e não competindo com eles.

NO PRIMEIRO ANO DE VIDA, O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA SE BASEIA NA ÁREA MOTORA GROSSA, PASSANDO A ENTENDER O MUNDO A PARTIR DESSA EXPERIÊNCIA.
COM ESSE PROCESSO OCORRE O DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO. AS NOÇÕES DE LONGE, PERTO, RASO, FUNDO, FRIO, QUENTE, ETC., PASSAM A SER PERCEBIDAS ATRAVÉS DO CORPO DA CRIANÇA. TUDO ELA SENTE NO SEU CORPO ( FEED-BACK). COM MAIOR CONTROLE SOBRE AS MOVIMENTAÇÕES, ELE ( BEBÊ ), APRIMORA SEU CONHECIMENTO SOBRE O MUNDO.

NOS 6 PRIMEIROS MESES O CONTROLE ANTIGRAVITÁRIO SE DARÁ NA HORIZONTAL (NAS POSTURAS MAIS BAIXAS), E DEPOIS ESTA IDADE O CONTROLE SE DARÁ NA VERTICAL (NAS POSTURAS MAIS ALTAS).

NO FINAL DO PRIMEIRO ANO CONSEGUIRÁ CONTROLAR TODOS OS MOVIMENTOS ANTIGRAVITÁRIOS. HAVERÁ UMA MAIOR INTEGRAÇÃO DOS MOVIMENTOS JÁ ADQUIRIDOS.



Desenvolvimento Motor Normal (0 à 3 anos)

RECÉM-NASCIDO: Considerado até 28 dias de vida. Fase de adaptação ao meio.

- hipertonia flexora (fisiológica)

- reação automática

- sem controle de cabeça – criança “molinha”

- pélvis em retroversão

- reflexo de preensão palmar

- reação cervical de retificação

PRIMEIRO MÊS:

- Sem controle de cabeça/cifose

- reflexo de Moro – primeira fase (abdução de braço + extensão de tronco)

- diminuindo a flexão = aumento da extensão

- em supino acompanha objetos atá certo ponto

- pélvis retrovertida

- reação automática

- reflexo de preensão palmar



- marcha automática (pode ou não estar presente)

- não faz simetria

SEGUNDO MÊS

- puxado para sentar a cabeça cai para trás – oscila

- pelve diminuindo a retroversão

- pouca flexão

- terminando a marcha automática (astasia – abasia)

- pernas fletidas

- em supino acompanha mais objetos (reação óptica de retificação)

- diminuindo o reflexo de preensão palmar

- RTCA esporádico (discreta assimetria)

- reação de colocação dos pés- presença do Galant

- reação cervical de retificação

TERCEIRO MÊS: Primeiro marco do desenvolvimento do bebê.

- mais simétrico

- reação labiríntica de retificação (puppy)

- orientação na linha média

- extensão do tronco em puppy alcança torácica alta (controla melhor a cabeça)

- aumenta a anteroversão do quadril

- desaparecendo o RTCA


- acompanha objetos

- diminuição da preensão palmar (retém por pouco tempo)

- desaparece Galant

- termina reação de colocação dos pés

- terminando reação cervical de retificação

QUARTO MÊS:

- simétrico

- bom controle de cabeça

- extensão do tronco em prono chega a região lombar

- apoio nos cotovelos (+ alinhados)

- entrando a reação corporal de retificação

- inicia o rolar – começa a entrar a dissociação de cinturas devido aos movimentos de flexão/extensão realizados pela cabeça quando a criança esta em prono dando assim maior mobilidade ao tronco.

- retificação lateral da cabeça (visto no rolar)

- pelve em supino faz antero e retroversão, mas com pouco controle

- boa visualização

- termina os reflexos da face

- a maioria dos reflexos estão abolidos

- termina a primeira fase do Moro/ inicia a segunda (+ discreta com adução dos braços e flexão de tronco)

- não tem preensão voluntária

- inicia Landau (brinca de mata – borrão)

QUINTO MÊS:

- ótimo controle de cabeça (extensão de tronco chegando à região lombar)- puxado para sentar participa do movimento – permanece com apoio

- simétrico

- inicia preensão voluntária

- leva objetos à boca

- presente reação corporal de retificação (rola de prono para supino)

- sustenta a posição de pé por momentos com ajuda

- inicia reação de equilíbrio em prono

- inicia o arrastar (introdução à reação anfíbia)

- em supino inicia levar pés à boca (alonga músculos extensores)

- aumenta a reação de Landau

SEXTO MÊS: Segundo marco no desenvolvimento do bebê

- vence gravidade em supino

- sentado apoia-se nas mão à frente

- em supino brinca com os pés (aprimorando ainda mais a musculatura extensora)

- em prono a extensão do tronco já chega aos quadris exercendo peso sobre eles.

- pelve anterovertida

- senta quando colocada com apoio à frente (sem muita transferência – caindo)

- puxada para sentar estende os joelhos

- alcança obejetos

- inicia reação de equilíbrio em supino

- rola melhor, com dissociação

- arrasta com facilidade

- reação anfíbia madura- reação de extensão protetora para frente

- termina a segunda fase do Moro

- suporta mais peso sobre o quadril favorecendo o controle sobre a cabeça, tronco e MMSS. Uma vez que começa a receber peso, o quadril se torna mais estável ganhando mais extensão, e nas posições em supino, prono e sentada a criança tem liberdade e segurança de movimento do quadril para cima.

- inicia a rotação propriamente dita – aumenta a dissociação

- reação de Landau + aprimorada devido a extensão do quadril.

- em pé com ajuda coloca peso nas duas pernas (inicia propriocepção dos MMII) suporta + peso

SÉTIMO MÊS: Inicia maior independência da criança em posturas baixas – começa a explorar o ambiente.

- arrasta (transferência de peso em prono

- inicia gatas (balanceios) ou meio urso

- sentado sozinho pega objetos e os transfere de uma mão a outra

- reação corporal de retificação bem atuante – movimentos rotacionais do tronco

- inicia o sentar a partir de 4 apoios

- se puxam para de pé- sentam sem apoio (braços não cruzam a linha média)

- inicia extensão protetora para os lados

OITAVO MÊS: Terceiro marco do desenvolvimento da criança

- engatinha usando mais a flexão lateral

- mantém postura sentada com bom equilíbrio

- em supino já se levanta para sentar

- inicia a extensão protetora para os lados

- aumenta dissociação (inicia rotação oposta durante as reações de equilíbrio)

- diminuindo o reflexo de preensão plantar

- boa mastigação (mastigar simétrico – movimento da mandíbula para cima e para baixo)

- se puxa para ficar de pé usando semi-ajoelhado

- fica de pé com ajuda de uma única mão – inicia rotação do tronco sobre extremidade inferior

- inicia a sequência joelho para semi-ajoelhado e desta para de pé

- escala móveis

- de pé com apoio transfere peso sobre MMII (3 planos – p/frente, p/trás e p/os lados)

- inicia marcha lateral

NONO E DÉCIMO MÊS: Não fica mais deitado. Fase com muita quebra de padrões. Dissociação aprimorada. Começa independência em posturas altas.

- engatinha bem com contra rotação (explora + o ambiente)

- escala com mais facilidade, mas não consegue descer

- urso

- equilíbrio de gatas

- iniciando equilíbrio de joelhos

- elaboram conceitos perceptivos

- extensão protetora para trás

- ótimo controle entre flexão/extensão (quebra de padrão)

- descobre a terceira dimensão

- marcha lateral + refinada – tenta soltar uma das mãos

- ótima transferência de peso

ONZE MESES:

- inicia marcha com aumento da base sem equilíbrio a curta distância de um móvel à outro – cai sentado

- anda segurada pelos braços

- de pé pega objetos no chão e volta se apoiando nos móveis

- urso



1 ANO: Quarto marco do desenvolvimento da criança

- anda seguro por uma das mãos, mas pode tentar andar sozinho

- assume cócoras (oscila) – se abaixa para catar objetos

- bom equilíbrio em todas as posturas

- iniciando equilíbrio de pé

- reação de retificação bem integradas na maioria dos movimentos

- mastiga com + dissociação (diagonal) próximo a forma adulta

1 ANO E 3 MÊSES:

- anda sozinho (braços para cima e base alargada compensando equilíbrio na postura, mas cai muito ainda)

- cócoras + aprimorado

- levanta do chão partindo de urso

- sobe e desce escada com 4 apoios (engatinhando)

- fica sobre uma perna com ajuda

1 ANO E 6 MÊSES:

- sobe e desce escada com apoio sem alternar MMII (com ajuda de alguém)

- mais independente – cai ainda

- desce do sofá com + facilidade

- muito agachamento

- bom equilíbrio de pé

- inicia ficar sobre uma perna sozinha, ainda desequilibra

- começa a empilhar cubos (3)

2 ANOS:

- sobe e desce escada sozinha

- começa a correr

- inicia o pular com 2 pés

- anda para trás

- boa base de suporte

- aprimorando equilíbrio dinâmico

- termina reações associadas

- ego-motor (representação mental do corpo – sabe o que fazer com ele)

3 ANOS: Último marco do desenvolvimento motor. Criança totalmente integrada em diversos níveis. Motoramente pronta.

- integração total entre as reações de retificação e as de equilíbrio (integração de todos os níveis cerebrais

- inicia equilíbrio sobre 1 pé

- boa desenvoltura motora

- se expressa melhor

- controla esfíncteres

- pula com os 2 pés

- faz construções de 8 à 9 cubos

Complementando:

De 3 à 4 anos:

- grande atividade motora: corre, pula com os dois pés, salta.

- anda de triciclo

- quer experimentar tudo



- é curiosa e inquiridora

- fica sobre 1 perna

De 5 à 7 anos:

- pula alternado- pula com um pé só

- consciente do seu corpo (propriocepção das facilidades e das dificuldades em relação ao espaço)

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

DESENVOLVIMENTO NORMAL E SEUS DESVIOS NO LACTENTE – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO NASCIMENTO ATÉ 18 MESES – INGE FLEHMIG – ED. LIVRARIA ATENEU
DIAGNÓSTICO DO DESENVOLVIMENTO – GESEL E AMATRUDA – ED. LIVRARIA ATENEU
UMA BASE NEUROFISIOLÓGICA PARA O TRATAMENTO DA PARALISIA CEREBRAL – KAREL BOBATH – ED. MANOLE

Fonte: Resportes